De acordo com a Dra. Thaline Neves, a medicina fetal atua diretamente na preservação da saúde da gestante e do bebê, oferecendo orientações fundamentais em casos que exigem atenção especial. Assim sendo, antecipar um parto pode ser a conduta mais segura em determinadas situações clínicas. Essa decisão é tomada com base em exames detalhados, na evolução da gestação e no equilíbrio entre os riscos de manter a gravidez e os benefícios de antecipar o nascimento. Interessado em saber mais? Continue a leitura e entenda em quais cenários essa medida é considerada necessária.
O que a medicina fetal avalia antes de indicar o parto antecipado?
A medicina fetal considera uma série de fatores antes de recomendar o parto antecipado. Entre eles estão a saúde da mãe, o desenvolvimento fetal e a resposta do bebê dentro do útero. Exames como ultrassonografia, dopplerfluxometria e cardiotocografia auxiliam os médicos a compreender se o bebê está em condições de permanecer em gestação ou se o nascimento deve ser adiantado.

Segundo Thaline Neves, a conduta busca sempre equilibrar riscos. A equipe analisa se o bebê já tem condições de sobreviver fora do útero com o apoio de cuidados neonatais e se a continuidade da gestação pode representar ameaça à vida materna ou fetal. Dessa forma, a decisão nunca é tomada de forma isolada, mas baseada em evidências clínicas e protocolos de segurança.
Quais são os principais casos em que a antecipação é indicada?
Existem situações específicas em que a antecipação do parto se torna a escolha mais segura para preservar mãe e bebê. Entre os cenários mais comuns estão:
- Pré-eclâmpsia grave: quando há risco de convulsões e complicações para a mãe e comprometimento do fluxo sanguíneo para o bebê.
- Restrição de crescimento intrauterino severa: quando o feto não recebe nutrientes e oxigênio adequados, comprometendo seu desenvolvimento.
- Descolamento prematuro de placenta: situação em que a placenta se desprende do útero antes do parto, podendo causar hemorragias e falta de oxigenação fetal.
- Infecções intrauterinas: em casos de corioamnionite ou rompimento prematuro de membranas, que aumentam o risco para o bebê.
- Doenças crônicas descompensadas na mãe: como hipertensão arterial ou diabetes gestacional em níveis que não podem ser controlados apenas com medicação.
Esses exemplos demonstram que a decisão pela antecipação é sempre pautada na proteção da vida. Como ressalta a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves, cada caso deve ser individualizado, respeitando o momento ideal para minimizar riscos tanto para a gestante quanto para o bebê.
Como a medicina fetal garante segurança no parto antecipado?
O acompanhamento da medicina fetal permite que os profissionais preparem mãe e bebê para o nascimento em condições seguras. Isso inclui a administração de corticoides para amadurecimento pulmonar fetal, o planejamento do tipo de parto mais adequado e a presença de equipe neonatal pronta para oferecer suporte imediato após o nascimento.
Conforme a Dra. Thaline Neves, a preparação envolve também orientar os pais sobre os possíveis desafios do parto antecipado. Internações em UTI neonatal podem ser necessárias, assim como um tempo maior de cuidados médicos especializados para garantir o pleno desenvolvimento do recém-nascido. Ainda assim, quando indicado corretamente, o parto antecipado pode salvar vidas e reduzir sequelas a longo prazo.
Medicina fetal e antecipação do parto: segurança em primeiro lugar
Em conclusão, a medicina fetal desempenha um papel fundamental ao indicar, de forma responsável, quando a antecipação do parto é necessária. Como destaca Thaline Neves, essa decisão protege tanto a vida materna quanto o bem-estar do bebê, sempre baseada em avaliações clínicas criteriosas.
Logo, o objetivo não é interromper a gestação precocemente, mas garantir que cada nascimento aconteça no momento mais seguro possível. Portanto, com acompanhamento adequado e orientação médica qualificada, é possível reduzir riscos e proporcionar mais tranquilidade às famílias.
Autor: Ayla Pavlova