Segundo o renomado advogado Antônio Augusto de Souza Coelho, as águas subterrâneas são recursos naturais essenciais para a sustentabilidade das atividades agrícolas em propriedades rurais. No entanto, o uso dessas águas precisa ser feito de forma consciente e responsável, seguindo as normas jurídicas que garantem a proteção e a preservação desse recurso vital. Neste artigo, exploraremos como a legislação brasileira protege as águas subterrâneas em propriedades rurais e quais são as responsabilidades dos proprietários.
Quais são as principais leis que regulam o uso das águas subterrâneas?
No Brasil, o uso das águas subterrâneas é regulado principalmente pela Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/1997), que estabelece o uso sustentável e a preservação dos recursos hídricos, incluindo as águas subterrâneas. Essa legislação determina que as águas, tanto superficiais quanto subterrâneas, são bens públicos, e seu uso está sujeito à outorga, ou seja, à permissão concedida pelo poder público.
Como ressalta o advogado de sucesso Antônio Augusto de Souza Coelho, a outorga é obrigatória para a captação e uso das águas subterrâneas, exceto em casos de pequenas quantidades para uso doméstico. A obtenção dessa permissão envolve a apresentação de um projeto técnico, que deve comprovar que a extração das águas não comprometerá o equilíbrio ambiental e o abastecimento de outros usuários. Esse processo visa assegurar que o uso das águas subterrâneas seja feito de forma racional e sustentável.
Quais são as responsabilidades dos proprietários rurais em relação às águas subterrâneas?
Os proprietários rurais têm a responsabilidade de utilizar as águas subterrâneas conforme as normas legais, garantindo que sua extração e uso sejam sustentáveis. Além de obter a outorga, é essencial que os proprietários mantenham em boas condições os poços e sistemas de captação de água, prevenindo vazamentos. A contaminação pode ocorrer por substâncias químicas usadas na agricultura, como fertilizantes e pesticidas, que podem infiltrar-se no solo e alcançar os lençóis freáticos.
Outra responsabilidade importante é o monitoramento contínuo do volume de água extraído e da qualidade da água captada. Em alguns casos, a legislação exige que sejam instalados dispositivos de medição nos poços, e os dados coletados devem ser regularmente enviados às autoridades competentes. Cumprir essas obrigações não só evita penalidades legais, mas também contribui para a conservação dos recursos hídricos para as futuras gerações, como indica Antônio Augusto de Souza Coelho, advogado especialista em direito agrário.
Como garantir a preservação das águas subterrâneas nas propriedades rurais?
Para garantir a preservação das águas subterrâneas, os proprietários rurais devem adotar práticas de gestão sustentável dos recursos hídricos. Isso inclui o planejamento adequado do uso da água, evitando desperdícios e priorizando técnicas de irrigação eficientes, como o gotejamento, que minimiza o consumo. Outra prática importante é a preservação da vegetação nativa ao redor dos poços e áreas de recarga dos aquíferos, que ajuda a manter a qualidade da água e a evitar a erosão do solo.
Para o mestre Antônio Augusto de Souza Coelho, a conscientização e a educação sobre a importância da proteção das águas subterrâneas também são fundamentais. Promover o uso racional da água e incentivar a adoção de práticas agrícolas que preservem o meio ambiente são atitudes que contribuem significativamente para a sustentabilidade dos recursos hídricos. Além disso, os proprietários podem buscar orientação técnica de profissionais especializados para garantir que suas atividades estejam em conformidade com as melhores práticas de preservação ambiental e com as exigências legais.
Um compromisso de todos pelos recursos naturais
Por fim, a proteção das águas subterrâneas em propriedades rurais é uma questão de grande importância, não só para a manutenção das atividades agrícolas, mas também para a preservação de um recurso natural fundamental para o equilíbrio ambiental. A legislação brasileira oferece um marco regulatório que visa garantir o uso sustentável dessas águas, atribuindo responsabilidades claras aos proprietários rurais. Cumprir essas obrigações e adotar práticas de gestão responsável são passos essenciais para preservar as águas subterrâneas e assegurar a continuidade da produção agrícola e a qualidade de vida no campo.